
Tentarei aqui , contar histórias e mostrar imagens do esporte e da história de guarapuava e região .
Quem sou eu

- blog do pato
- Guarapuava, Parana, Brazil
- Publicarei noticias esportivas de guarapuava e região , e algumas fotos da história do futebol em guarapuava .
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
GREMIO OESTE NA SEGUNDA DIVISÃO DE 68

-Tuiuti(Cascavel)
-Andirense
CAMPEONATO PARANAENSE DE 1999



Malutron 2 x 0 Batel
Batel 1 x 0 Coritiba
Apucarana 2 x 1 Batel
Batel 1 x 0 Yrati
Parana 4 x 0 Batel
Batel 0 x 1 Rio Branco
Batel 3 x 2 Matsubara
Beltrão 1 x 0 Batel
Batel ficou em decimo lugar no campeonato de1999
CAMPEONATO PARANAENSE DA SEGUNDA DIVISÃO DE 1998

Em pé-Toninho Parana, Dirceu Pato, Aritana,Batista,Will e Bizú
Agachados-Evandro Mico, Paulo Tripa, Alex, Wagner e Marabá.


o campeonato foi divido e treis grupo de cinco equipes ;passsando para outra fase os dois melhores colocados de cada grupo mais dois melhores terceiros.
GRUPO C
-Batel
-Cascavel
-Comercial
-Iguaçú
-Caxias
Batel 1 x 1 Cascavel
Caxias 0 x 3 Batel
Batel 2 x 1 Iguaçú
Comercial 4 x 1 Batel
Cascavel 5 x 2 Batel
Batel 1 x 0 Caxias
Iguaçú 1 x 2 batel
Batel 2 x 0Comercial
SEGUNDA FASE
-Dois grupos de quatro equipes classificando para a semifinal as duas melhores colocadas de cada grupo.
- Batel
- Portuguesa londrinense
-Prudentopolis
-Comercial
Comercial 1 x 1 Batel
Batel 2 x2 Portuguesa
Batel 2x1 Prudentopolis
Portuguesa 2 x 0 Batel
Batel 3 x 1 Comercial
Prudentopolis 1 x 0 Batel
-classificados Portuguesa londrinense e Batel
MATA-MATA (TERCEIRA FASE)
Foz 1 x 0 batel
Batel 2 x 1 Foz
(prorrogação Batel 2 x 0 Foz)
FINAL
Batel 1 x 3 Malutron
Malutron 2 x 1 Batel
Campeão -Malutron
Vice Campeão- A.A. Batel
CAMPEONATO PARANAENSE DE 1997
Rio Branco 1 X 1 Batel
Atletico 3 X 0 Batel
Batel 2 X 3 Matsubara
Parana 4 X 1 Batel
Batel 1 X 2 Londrina
Beltrão 1 x 1 Batel
Batel 1 X 0 União Bandeirantes
Maringá 5 X 3 Batel
Batel 0 X 2 Toledo
Batel 4 X 3 Paranavai
Coritiba 2 X 0 Batel
TORNEIO EXTRA
Batel 2 X 1 Mixto Bordô
Cascavel 1 X 1 Batel
Batel 3 X 3 Iguaçu
Batel 1 x 1 Ponta Grossa
Toledo 2 X 1 Batel
Platinense 0 X 0 Batel
Maringá 3 X 2 Batel
Batel 2 X 1 Paranavai
Foz 1 X 0 batel
Batel 0 X 1 Londrina
Batel1 X 2 Nacional
Rio Branco 1 X 2 Batel
BATEL FICOU EM 17 LUGAR E FOI REBAIXADO PARA A SEGUNDA DIVISÃO
sábado, 26 de setembro de 2009
Homenagem ao Professor Wellington Moreira

OFICIO COM PRAZER
O desfile era aguardado pela população guarapuavana e pelas comunidades circunvizinhas com muita expectativa. Sim, a apresentação das escolas no desfile de 7 de Setembro era um espetáculo concorrido na cidade. Em especial, a performance da fanfarra do Colégio Manoel Ribas que, a cada ano, superava-se em criatividade, com suas evoluções, ritmos e acrobacias. A preparação da escola lembrava a produção de escola de samba, salvaguardando as devidas proporções. Os alunos disputavam uma vaga no elenco com muito afinco; ser um integrante da banda rendia fama no meio estudantil. O responsável pelo êxito da Fanfarra do Colégio Manoel Ribas era o Professor Wellington que, afora suas atividades profissionais, como professor, dedicava-se, em tempo extra, voluntariamente, como instrutor da fanfarra, além de ter sido o seu fundador. Dirigia e cuidava pessoalmente do processo todo. Desde a criação e a elaboração de evoluções, passando pelas invenções de ritmos e acrobacias, dando sugestões no uniforme (nas cores vermelha, branca e preta), que, curiosamente, envergava as cores do tricolor Grêmio Oeste, time do coração do professor e, por fim, responsabilizando-se pela reforma dos tambores, instrumentos que, por muitas vezes, dividiram espaço, em sua residência, com a família, para ajustes emergenciais. A fanfarra do “Manoel Ribas” representou Guarapuava em diversos concursos e apresentações Brasil afora. Sempre arrancando aplausos e assovios do público. O sucesso era certo!.
Dia de trabalho, dia de obrigações rotineiras. Assim poderia ser observado, de banda, por muitos trabalhadores. Não por Wellington! Lecionar para ele era muito mais que obrigação, era um prazer. Tinha por sua profissão amor incondicional. Dar aulas não era apenas um meio de sobrevivência, era, sim, um estado constante de felicidade. Ele lecionou por mais de trinta e cinco anos nas cadeiras de Educação Física, Horticultura e Jardinagem. Diverte-se, ainda, em troças, alardeando que da Rua XV de Novembro (rua principal da cidade) abaixo, todos haviam sido seus alunos. E que da parte alta, Rua XV de Novembro acima, tinha sido professor de todos os moradores. Suas aulas eram concorridas. Eram aulas práticas com muito dinamismo e informação. O respeito que o professor nutria pela saúde do corpo era demonstrado nas aulas de Educação Física, com os esportes que ensinava (basquete, vôlei, handebol e futebol), e com a preparação física, dando exemplo de como tratar do próprio corpo. Álcool, tabagismo, drogas e outros vícios nocivos à saúde eram combatidos à exaustão nas suas aulas. Na instrução de Horticultura, a alimentação era o mote. Conscientizava seus alunos do valor nutricional das hortaliças. Tinha, ainda, a constante preocupação, já naquela época, com a saúde do planeta. Em suas aulas de Jardinagem, ensinava seus alunos a plantarem muitas árvores e a retirarem o lixo dos riachos da cidade para a preservação do meio ambiente, criando consciência ecológica nos infantes. Pregava, também, o civismo, o moral e a educação e tinha uma relação diferenciada com seus alunos, como a de entre pai e filhos. Foi um professor respeitado na comunidade, tornando-se uma referência.
Wellington atuou, ainda, no Escotismo. Foi Chefe do Grupo Escoteiro Gurupiá, sediado nos fundos da Catedral, por anos a fio. Desenvolveu nos escoteiros a consciência de respeitar a natureza, ensinando seus discípulos a desfrutarem do meio ambiente sem poluí-lo e a terem uma convivência pacífica com a fauna e a flora. Instruía seus pupilos a sobreviverem na mata, lendo nas estrelas ou na luz solar o caminho das pedras, identificando raízes comestíveis e tirando água de plantas. Desbravavam montanhas da região. Certa vez, quando escalaram uma montanha vizinha ao Morro do Chapéu, na Serra da Esperança, os escoteiros não imaginavam a dificuldade que enfrentariam. Subiram as escarpas do morro por árduas horas mas, bravamente, chegaram ao seu pico. De lá, desfrutaram da vista encantadora da cadeia de montanhas da serra, perspectiva proporcionada, apenas, a quem se atreve a desafiar os perigos da escalada. Vencida a montanha, tomaram de assalto o seu cocoruto e lá deixaram a bandeira do grupo cravada na terra que, por tempos, ainda seria avistada por viajantes que subiam a serra pela rodovia BR-277, sentido oeste, que leva a Guarapuava. Decidiram descer pelo lado oposto e tiveram, também, muitas dificuldades, mas, igualmente, todos os obstáculos enfrentados foram vencidos. No pé do morro veio a recompensa. Descobriram um salto espetacular. Era o Salto São Francisco, com sua imponente queda d`água de mais de
Outra grande paixão do Professor Wellington foi o halterofilismo vivido, em sua plenitude, nas academias de ginástica que, paralelamente ao seu ofício de lecionar, montou na cidade. Em Guarapuava, foi pioneiro nesse esporte e nesse tipo de negócio. Entre seus mais fiéis seguidores, destacamos Teno e Dirceu Rossoni, seguidores no fisiculturismo, que deram continuidade a esse tipo de empreendimento, cada qual montando sua própria academia de ginástica. Simultaneamente, o que embalava suas emoções eram as lutas livres, outra realização inédita na região. Cultuou o corpo e a mente com o mesmo ardor que nutriu sua paixão por Zezé.
O Professor Wellington participou da montagem de diversas equipes esportivas (basquete, vôlei e handebol) na cidade e também foi atleta de basquete e futebol amador da região. Foi jogador do “Blue Star”, famoso time de basquete formado por professores da cidade nos anos cinquenta e que ainda hoje subsiste em pleno vigor e do grande time do G.E.O., em 1956. No futebol, foi boleiro do Pavão e do Grêmio Oeste, jogando como goleiro. Na pelada, geralmente, a posição de goleiro é relegada aos menos habilidosos. No futebol, diferentemente do basquete, onde se saía muito bem, Wellington oscilava entre grandes e maus momentos, com defesas espetaculosas e alguns frangos inenarráveis. Mas sempre se orgulhou de ter atuado como arqueiro. Nem a solidão do uniforme diferente ou muito menos o calvo terreno ao qual era confinado, o demoviam de envergar a camisa número um.
Muita história que faz com que Wellington, hoje, no gozo de sua aposentadoria, vislumbre no passado de trabalho, anos felizes. Trabalho que se confundia com diversão. Trabalho que produzia prazer. Sua carreira, água lustral que do respeito ao próximo dimana, vive latente na sua memória.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Amistosos historicos

quarta-feira, 23 de setembro de 2009
CAMPEONATO PARANAENSE DE 1996
_________________ _______
O Campeonato Paranaense de 1996 teve 20 participantes segue os resultados da A.A. Batel.
1- fase
Batel 0 X 1 Atletico Pr
União Bandeirantes 1 X 2 Batel
Batel 0 x 1 Toledo
Coritiba 2 X 0 Batel
Londrina 1 X 0 Batel
Matsubara 4 x 2 Batel
Batel 3 X 0 Rio Branco
Beltrão 2 X 0 Batel
Batel 1 X 1 Parana
2- Fase
Batel 0 x 0 Cascavel
Parana 1 X 0 Batel
Matsubara 3 X 3 Batel
Batel 0 X 0 Paranavai
Batel 1 X 3 União Bandeirantes
Beltrão 3 X 0 Batel
Maringá 4 X 1 Batel
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
FOTO HISTÓRICA

Agachados-Zé Miguel; Cafuringa ; Osmario; Ademir Da Guia e Nanau
AMISTOSO INTERNACIONAL
Muitos Guarapuavanos não lembram; talvez os mais antigos mais tivemos no inicio da decada de 80 um amistoso internacional entre o Guarapuava Esporte Clube participante da divisão especial do Campeonato Paranaense daquele ano enfrentando a equipe do Nacional do Paraguai, no elenco alvi negro foi convidado o craque do S.E. Palmeiras Ademir da Guia que participou poucos minutos mais foi o suficiente para que os torcedores Palmeirense da região pudessem admirar uns dos maiores idolos da Historia do Verdão.
Ficha Tecnica do jogo
GUARAPUAVA E. C. 3 x 2 NACIONAL (PARAGUAI )
Dia- 03/05/1979
Publico-1913 pagantes
arbritagem-Paulo Jose Guntoski
Gols- Nanau(2) e Osmario (1) para o GEC
- Boveda (2) para o Nacional
Guarapuava E.C.- Ladel; Adilson(Dirceu Pato);Sapatão; Rubens Paula e Nardo; Moacir; Ademir Da Guia (Fio);Cafuringa; Zé Miguel(Tico)(Ernani);Osmario e Nanau
Nacional- Ramon; Anibal; Lucki;Acosta; Sosa e Boveda;Ribeiro(Secovia) e Saldivar;Da Silva(Andre);Ramon Isasi e Aguilera
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
campeonato paranaense de 1995

Agachados- Reginaldo; Ronaldo; Marquinhos; Daniel e Bira
Batel 2 X 1 Coritiba
Batel 0 X 0 Apucarana
Matsubara 0 X 0 Batel
Paraná 0 X 0 Batel
Batel 2 X 1 União Bandeirantes
Batel 0 X 0 Londrina
Atlético 1 X 1 Batel
Iraty 2 X 0 Batel
Batel 2 X 0 Cascavel
Coritiba 2 X 2 Batel
Apucarana 2 X 2 Batel
Batel 1 X 2 Matsubara
Batel 0 X 1 Paraná
União Bandeirantes 0 X 0 Batel
Londrina 1 X 0 Batel
Batel 1 x 1 Atlético
Batel 1 X 0 Iraty
Cascavel 0 X 4 Batel
______________________________________________________________________
SEGUNDA FASE
-1- Turno
Atlético 1 X 1 Batel
Coritiba 1 X 1 Batel
Batel 2 X 1 Londrina
Batel 1 X 1 Matsubara
Paraná 2 X 0 Batel
Rio Branco 3 X 2 Batel
O Batel ficou em sexto lugar na classificação final
GREMIO ESPORTIVO D'OESTE

Grêmio Esportivo D`Oeste
Apesar do prenúncio de bons ventos para o futebol brasileiro no início da década de 70, o futebol paranaense enfrentava tempestades. Por dificuldades financeiras, praticamente todos os clubes tiveram de cortar gastos. Violência, suborno e doping foram os costumeiros ingredientes da competição. E a má notícia para os torcedores do futebol paranaense foi o aumento do preço dos ingressos que, na época, passou para quatro cruzeiros novos. Segundo o jornal O Estado do Paraná, “muitas das modificações não passaram de um golpe baixo dos cartolas, como a majoração do preço dos ingressos, a cobrança de ingresso à torcida feminina e a concessão de autonomia ao Departamento de Árbitros que causou prejuízos irremediáveis ao futebol do Paraná”.
No primeiro dia de fevereiro de 1970, dava-se o início do Campeonato Paranaense. Os participantes daquele ano foram: Atlético Paranaense, Coritiba, Grêmio Oeste, União Bandeirante, Grêmio Maringá, Seleto, Ferroviário, Água Verde, Londrina, Paranavaí, Apucarana, Operário, Jandaia e Cianorte. O campeonato foi realizado em turno e returno e decidido num hexagonal, sempre por pontos corridos; nessa época, contavam-se dois pontos para a vitória e um para o empate. Os dois primeiros turnos foram divididos em duas chaves de sete clubes cada, que jogavam entre si. Ao final, classificavam-se três equipes de cada chave. As seis classificadas disputavam o título num hexagonal final. Os classificados foram: Coritiba, Grêmio Oeste e União Bandeirante, do Grupo A; e Grêmio Maringá, Seleto e Atlético Paranaense, do Grupo B.
O Atlético Paranaense, atolado em dívidas e vindo de sucessivos insucessos, começava a competição como franco azarão. O rubro-negro, com um time medíocre, perdendo uma partida atrás da outra, segurou a lanterna da competição, na primeira fase. A sobrevivência do clube era importante não apenas para a sua torcida, mas também para o próprio futebol paranaense. Diante da gravidade da situação e consciente de que o clube não poderia morrer, a diretoria pediu socorro aos seus torcedores. Tal medida exteriorizava o desespero do clube. E foi assim, com o apoio da sua torcida, que o clube sobreviveu. Aos trancos e barrancos, surpreendentemente, conquistou o campeonato daquele ano e, ainda, fez o artilheiro da competição: Sicupira.
O grande favorito da competição era o Coritiba. Tinha tudo para chegar ao tri-campeonato paranaense. Mas não esperava que seu maior adversário, capaz de ofuscar o brilho dos imbatíveis coxas-brancas, estaria fora do campo de jogo, e muito menos imaginar que residia no Estádio Belfort Duarte (hoje Estádio Couto Pereira), na sede do próprio clube. Sim, os cartolas do alviverde, antevendo um possível descompasso do time, resolveram “entrar em campo” e, como sempre acontece quando a “cartolagem” abandona suas luxuosas salas, jogar baixo. Numa tentativa derradeira e desesperada de “melar” o campeonato do rival e coroando o ano por erros e deslizes, apresentaram um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva, alegando que o rubro-negro tinha colocado em campo um jogador irregular. Ledo engano! A série de enganos do Coritiba passou pelo Estádio Bororó e fez vítima o Grêmio Oeste, tricolor do Tio Capa (eterno e folclórico presidente do clube, Romeu Manoel Loures Bastos – que hoje dá nome ao estádio). Apesar de o Coritiba jogar em Guarapuava como visitante, conseguiu arregimentar um batalhão da Polícia Militar, levada a tiracolo, para garantir os interesses dos cartolas alviverdes. Numa trágica tarde desportiva, o time Coxa-Branca escreveu uma triste página do futebol paranaense que, não fosse pelo exemplo a não ser seguido, deveria ser esquecida. Ambas as equipes precisavam da vitória para continuar sonhando com a Taça de Campeã. O Coritiba tentou de todas as maneiras, “sujas”, alcançar seu objetivo. Mas falhou!
A equipe do Grêmio Oeste contava com um plantel impressionantemente bom naquele ano. Atravessava grande fase. Seus jogadores, sem exceção, estavam no auge de suas carreiras. O esquadrão gremista perfilava nos gramados paranaenses com o time titular: Joãozinho, Tadeu, Zéquinha, Miúdo, Neiva, Zé Carlos, Zézinho, Válter, Davi e Gijo. Grupo fechado pelo punho firme da Comissão Técnica encabeçada por Diamante, técnico da equipe, e pelo preparador físico, Professor Wellington, prata da casa. O Grêmio, no decorrer da competição, credenciou-se à conquista do título, apresentando um futebol superior ao dos outros participantes, inclusive ao dos grandes clubes da Capital. A camisa coral do time guarapuavano, jogo a jogo, foi ganhando respeito e, na fase final, era temida pelos adversários. Nos jogos contra o Atlético Paranaense prevaleceu sempre o melhor futebol do Grêmio Oeste. Salvo o último e derradeiro jogo entre eles, pela arbitragem irregular e pelo diferencial de um craque: Sicupira.
- Grêmio Oeste X Coritiba.
O jogo era aguardado com muita expectativa pela comunidade e imprensa regional. O Grêmio jogava sua vida, nunca havia tido uma chance tão real de fazer história no futebol paranaense. Para continuar com chances de conquistar o título inédito de campeão, precisava vencer a batalha contra o time da elite do “Alto da Glória” e torcer pelo tropeço do time da Baixada. O tricolor estava muito concentrado e confiante para o jogo decisivo daquela tarde. Mas os bravos atletas da equipe guarapuavana conheceram, ainda fora das quatro linhas, os principais adversários daquela tarde de domingo. Por mais surreal que parecesse, a Polícia Militar trazida da Capital tentou barrar a entrada dos jogadores tricolores no Estádio. Como nos mais exagerados dramalhões do cinema, os boleiros tiveram que driblar os policiais para chegar aos vestiários do Estádio Bororó, disfarçados e misturados em meio aos torcedores, pelo portão principal. Já nos vestiários, os ânimos dos atletas tricolores fervilhavam. A provocação serviu apenas para mexer com o brio da equipe local, que ficou ainda mais focada no jogo. Os obstáculos impostos pela cartolagem da Capital, um a um, iam sendo vencidos pela determinação dos atletas gremistas. Mas em campo a história foi diferente. A grande equipe de Curitiba retardou sua entrada no gramado por longos 15 minutos, recheados pelas ameaças destiladas pelos cartolas. Para espanto de todos os presentes, o árbitro ignorou tal atraso, pressagiando tempo nebuloso em campo, apesar da tarde ensolarada. O Coritiba entrou em campo disposto a tudo e contava com a conivência explícita do árbitro da partida. Conluio descoberto pelo tricolor Álvaro Baiano, bom e experiente jogador de defesa, que havia chegado em terras guarapuavanas um ano antes, oriundo do Vasco da Gama, como um dos muitos reforços do Grêmio para construir a base do grande time que ora relembramos com incontido saudosismo. E que não se retruque à boca pequena, os indivíduos impudicos, que se elevou ilusoriamente o moral da equipe guarapuavana, levado pelo estreitamento da visão que o orgulho que se carrega no peito pode provocar, porque o time era bom. O jogo, desde o início, corria truncado; os jogadores, nervosos, se estudando. Baiano, que marcava homem-a-homem o estreante centroavante do Coritiba, considerado o jogador mais perigoso do time alviverde, aplicou-lhe uma falta dura. Quando viu que seria expulso, ladino, deu um pulo como um gato e, antes que qualquer torcedor tomasse tento do que estava acontecendo, prendeu o cartão vermelho na mão do árbitro, encobrindo a visão da plateia e, ao pé-do-ouvido do apitador, alertou-o das dificuldades que o forasteiro enfrentaria com a apaixonada torcida tricolor, caso o expulsasse. O árbitro, de pronto, respondeu que, então, não o expulsaria, mas que o Grêmio tampouco venceria a partida. Homem de palavra! Os gols marcados pelo Coritiba foram irregulares e o Grêmio teve muita dificuldade para jogar, sendo impedido ora pela violência dos jogadores alviverdes, ora pelo apito mal-intencionado do homem de preto. Mesmo assim, o tricolor estufou as redes do arqueiro coxa-branca por duas vezes. Gols legais que o árbitro não conseguiu anular pela mais absoluta falta do que alegar. O placar marcava o empate em dois gols, prejudicial para ambas as equipes, quando o árbitro, tardiamente, trilou o apito encerrando aquele vergonhoso espetáculo. O fim da batalha no campo deu vez ao confronto desenfreado nas sociais do estádio. A parcialidade do árbitro enervou a torcida tricolor que se manifestava tresloucada nas arquibancadas, e foi a deixa que a polícia coxa-branca esperava para baixar os cassetetes nos torcedores tricolores nas sociais do estádio. Os policiais colocaram-se estrategicamente enfileirados à indiana, de cima a baixo, nos degraus das cadeiras cativas, prontos para usar de violência para garantir o intento. A torcida das sociais teve que se defender da fúria daqueles que, em tese, estavam ali para protegê-los. A covardia dos policiais ecoou por todo o estádio e incitou os espectadores que testemunhavam indignados aquele malfadado acontecimento. A própria polícia local não acreditava no que acontecia naquela praça esportiva. Todos os torcedores detidos pela polícia forasteira eram encaminhados para a delegacia sitiada nos fundos das sociais e conduzidos pela polícia local que, ao invés de prender os “baderneiros”, reconduzia-os ao estádio pelo portão vizinho ao qual eram expulsos. Todos, inclusive a comissão técnica tricolor, entraram na briga, instigados pelo engodo. Um erro promovendo outros tantos injustificáveis! O triste espetáculo colecionou saldos negativos: desde pessoas feridas até a interdição do estádio, passando por muitos ônibus depredados. Muito ao contrário do que foi noticiado pela imprensa, a torcida, em momento algum, invadiu o campo. Esse “conto da carochinha” norteou o processo de interdição do estádio para eventos esportivos. Os maiores prejudicados desse lamentável episódio foram justamente as vítimas: a equipe do Grêmio Oeste, que jamais se recuperou desse triste golpe, pois o brilhante time daquele ano se desfez e o clube saiu da cena do futebol profissional, sobrevivendo, apenas, num formato amador, pelas mãos de poucos apaixonados torcedores; e a cidade de Guarapuava, que nunca mais contou com uma equipe tão competitiva, na divisão de elite do futebol paranaense, privando a torcida guarapuavana dos espetáculos futebolísticos.
O tiro do time coxa-branca saiu pela culatra! A vergonhosa atitude em Guarapuava não evitou o êxito rubro-negro. Entregou o título numa baixela de prata ao maior rival, como um bom garçom. O embuste promovido pelos Cartolas do Coritiba, na partida em Guarapuava, serviu apenas para manchar a grandiosa história do mais badalado e elitizado clube de futebol do Estado que, ironicamente, poucos anos depois, aprovaria a criação de uma torcida organizada com o nome de “Mancha Verde”. Felizmente, os anos que se seguiram daquele reprovável e intolerável episódio mostraram aos dirigentes do glorioso Coritiba, que uma equipe de futebol deve mostrar sua força e grandiosidade, única e exclusivamente, dentro das quatro linhas que delimitam o campo de jogo, superando o adversário em técnica, tática, entrosamento, garra e talento.
Materia de Julio Moreira
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
UMA HISTORIA RUBRO NEGRA

JOGO HISTORICO
FICHA TECNICA
TEMPO NORMAL
BATEL 2 X 1 FOZ DO IGUACU
LOCAL-ESTADIO VALDOMIRO GELINSKI
ARBRITO-JOSE CARLOS MEGER
GOLS-MARABÁ (BATEL)- 45 DO PRIMEIRO TEMPO
- PAULINHO TRIPA (BATEL)-14 DO SEGUNDO TEMPO
-ANDERSON (FOZ)
PRORROGAÇÃO
GOLS-EVANDRO MICO (BATEL)-11 DO PRIMEIRO TEMPO
-PAULINHO TRIPA (BATEL)-3 DO SEGUNDO (TEMPO).
BATEL-Bizú; Batista (Fabiano); Aritana; Laroca e Wagner; Lê; Joel; Toninho Paraná e Alex (Paulinho tripa); Evandro Mico e Marabá (Will)- Técnico- Dirceu Pato.
Foz do Iguaçu-Maicon; Zé Nei (Rodrigo); Joel; Bermudes e Índio; Gelato; Jackson; Ricardo e Jean Carlo; Anderson e Valciclei- Técnico- Sergio Moura.